quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Pós-jogo: Atlético-MG 4x1 Corinthians

Copa do Brasil 2014 – Quartas de final: segundo jogo

Ser corinthiano nem sempre é fácil. Quem acompanha o time há bastante tempo, como eu, já viveu jejum de títulos, rebaixamento, crises administrativas e incontáveis vexames. Mas, em todos esses anos, nunca vi nada parecido com o que aconteceu ontem, no Mineirão, contra o Atlético-MG.

E olha que eu não estou nem falando da incrível façanha de levar 4 gols em 90 minutos após entrar em campo com 2 gols de vantagem trazidos da partida de ida e ampliar essa vantagem ainda aos 4 minutos de jogo – o que parecia ter selado a nossa classificação para a semifinal da Copa do Brasil. O que mais me choca é que eu não reconheço o meu time dentro de campo.

Eu ainda não sei se é ruindade, acomodação ou falta de vergonha na cara. Às vezes acho que falta comprometimento, às vezes acho que o Corinthians virou modinha e perdeu a sua característica mais marcante em mais de 100 anos de história, que é a raça. O que eu sei é que o Corinthians ainda não voltou do Japão. Faz quase 2 anos que meu time não entra em campo.

Após a partida de ontem, Cássio saiu de campo disparando que "tem gente que não está preparada para jogar no Corinthians". OK, devia ter ficado quieto, porque o ambiente já tá uma droga e isso só piora as coisas, mas ele falou alguma mentira, por acaso? Dá pra mandar metade do time embora, incluindo o técnico e dois terços da diretoria. Tirando o próprio Cássio e Guerrero, que são 2 leões dentro de campo e possuem talento, o time é de dar pena e raiva ao mesmo tempo. É um bando de jogadores sem nenhuma qualidade e sem o mínimo de comprometimento. Alguém tem que avisar esses caras que no Corinthians ou você rala a bunda no chão e briga por todas as bolas em cada centímetro do gramado ou você simplesmente não serve pra jogar aqui.

Houve um tempo que a gente assustava os adversários. Ninguém queria ter o Corinthians pela frente, especialmente em mata-matas. Hoje ocorre o inverso: a gente é motivo de piada. A gente é que treme para os adversários. Ou será que ninguém reparou o quanto nosso time estava apavorado diante do Atlético?

O adversário tem seu mérito, é óbvio. A torcida atleticana pulsou e apoiou seu time os 90 minutos e os jogadores fizeram a sua parte. Enquanto a gente se arrastava em campo esperando pelo apito final, os jogadores do Galo só faltavam doar o próprio sangue. Até Diego Tardelli, que havia jogado pela seleção 2 dias antes, entrou em campo após enfrentar uma viagem de 25 horas. Isso é raça, isso é comprometimento, isso é força de vontade. Coisas que já sobraram por aqui e hoje dão até saudade no torcedor corinthiano.

Aliás, o novo Mineirão parece ser um estádio que proporciona esse tipo de resultado. Mas, assim como no 7x1 na Copa do Mundo, o que vimos foi uma equipe competente e mais bem preparada sair com a vitória contra um adversário assustado e que nem de longe lembra a sua tradição e suas glórias do passado.

Bom, a temporada termina oficialmente só em dezembro, mas na prática já acabou para nós ontem mesmo. A nossa briga exclusiva agora é pelo G4, mas nem sei pra quê, pois um time sem brios como esse não passa nem da pré-Libertadores. O pensamento, exclusivamente, é a esperança de que venham dias melhores. Porque uma fase como essa dá até vergonha.

Próximo jogo: 19/10, contra o Internacional, fora de casa, pelo Brasileirão.

Veja os gols no vídeo:


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