quarta-feira, 13 de junho de 2012

Pré-jogo: Santos x Corinthians


É engraçado pensar nas coincidências do futebol.

Conforme prometido, pesquisei o último time a chegar invicto à semifinal da Libertadores. Nem faz tanto tempo assim - foi o Grêmio, em 2009. E assim como nós, que pegaremos o Santos, eles também tiveram um adversário brasileiro nessa fase, o Cruzeiro. No primeiro jogo, fora de casa, perderam. E em casa não reverteram. Mau sinal?

Tem mais. Assim como na atual edição - quando garantimos vaga para a semi eliminando o Vasco -, na única vez que tínhamos chegado nessa fase, em 2000, também havíamos eliminado um adversário brasileiro e alvinegro: o Atlético-MG. E também pegamos na semi um rival paulista, o Palmeiras, que havia sido campeão da Libertadores no ano anterior, exatamente como o Santos no ano passado. Além disso, tendo o Boca como provável adversário da final, exatamente como agora. Como todos nos lembramos, caímos. Mau sinal?

Melhor pensar em tudo que está diferente nesse ano, então. Pela primeira vez em todas as Libertadores que disputamos, não somos favoritos. Estamos invictos, tomamos 2 gols em 10 jogos, mas mesmo assim ninguém acredita na gente. Ao contrário de 2000, o time a ser batido não é o nosso. O Palmeiras, mesmo sendo na época o detentor do título, era franco-atirador naquela partida e muito inferior ao Corinthians. Precisou dos pênaltis para nos vencer, em um jogo cujo resultado muita gente ainda considera dos mais injustos da nossa história. Mas dessa vez é diferente. Dessa vez o favorito é o Santos. E como a gente sabe muito bem, favoritismo atrapalha. Nosso trunfo, assim como no Brasileirão do ano passado, é ser desacreditado.

Quem não se lembra das piadinhas sobre nós no Brasileirão de 2011? "O Corinthians é igual ao Safety Car, só lidera quando não vale nada", "o Corinthians é igual a um golfinho: sobe, faz uma graça e logo começa a cair", "o Corinthians na liderança é como uma vaca que subiu numa árvore: ninguém sabe como foi parar lá em cima, mas todo mundo tem certeza que vai cair logo". Resultado: fomos penta. Estamos enfrentando a mesma coisa nesse ano. Já falaram que a gente não passava nem de fase, que o Emelec era igual ao Tolima, que o Vasco era muito superior, e estamos aí, na semi. E contra o Santos, paparicado como o melhor time do Brasil - embora nem venha tão bem e tenha sofrido contra um decadente Vélez nas quartas de final.

Clássico é clássico, tudo pode acontecer. Então, DÁ PRA GANHAR.

Hoje é o dia de um dos jogos mais importantes de nossa história. Pode ser o primeiro passo rumo a uma classificação inédita, a uma final inédita. E não custa sonhar: um título inédito também.

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